quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Gente grande feliz!


Hoje incrivelmente acordei às 5:45h da manhã e não conseguia mais dormir... Já vou começar a pensar?

Quero dormir e me esquecer de que me basta abrir os olhos pra encontrar lindos pãezinhos na cozinha clamando por serem comidos. Esquecer-me que não posso comer o restante do brigadeiro que sobrou do final de semana e que se eu me entupir de comer o universo existente naquela geladeira, nada mais irá me restar se não assistir-me lutar contra mim mesma em mais uma batalha na questão: Tenho que malhar, mas não tô com a mínima disposição; a barriga tá crescendo e não há nada que a empeça em vista do meu atual sedentarismo físico.

É necessário comer o que é ruim, sem graça, sem açúcar e sem gordura - pelo menos é o que a minha consciência diz. Agora, se eu vou acatar ou não já são outros 500!

Nada de batatinhas fritas caseiras e nem batatinhas com cheddar mais aquela pimenta animal do Outback porque nem que eu quisesse. Tô durango-tango geral!

Falando em pensar, não é que eu pensei?

Não na comida, pensei sobre qual seria o conceito a ser definido a cerca da felicidade, já que minha vida é repleta de meninices e adultices e estas últimas carecem de mais alimentos que estas chamadas meninices. Do contrário eu estaria a vegetar sem lembrar-me que não estamos aqui por acaso. Ou estamos?

Então vamos filosofar...

Uns dizem que são felizes porque são realizados profissionalmente, outros porque encontraram o amor de suas vidas, porque têm uma família, amigos abençoados ou porque Deus lhe concedeu a graça de não guerrear com a balança – esse em especial não é o meu caso.

Acredito que essa tão procurada felicidade seja um estado de espírito dos mais oscilantes quando não cultivado devidamente e independe dos acontecimentos dessa vida. É uma questão de escolha. Decido ser feliz e ponto! Mas é claro que essa decisão precisa de muito Deus no negócio, muita paz de espírito e isso definitivamente é uma lacuna a ser preenchida por nada mais nesse mundo a não ser por ter aquele contato direto e íntimo com o próprio Senhor de tudo.

Não acho que viemos ao mundo apenas pra nascer, crescer, reproduzir, conseguir tudo o que queremos e morrer.

De aula de biologia me basta esta linda estrutura corruptível denominada corpo, criado fashioníssimamente à base de barro e sopro divino.

Viemos ao mundo pra nascer, chorar bastante com dores de ouvido ou cólicas e pra mamar também, porque quem não chora não mama... Crescer e achar que a vida é cor de rosa até se chocar com suas verdadeiras cores e se dar conta que vivemos Matrix - toda aquela história de viver uma ilusão ao invés da vida real -, entrar em crise existencial e sentir um vazio gigante conhecendo ou não a Cristo, pra no final das contas entender que nada faz sentido se não rendermo-nos à sua soberania e sermos obrigados automática e sabiamente a obedecer todas aquelas palavras escritas em seu livro sagrado.

E aí eu achava que tinha descoberto o enigma da esfinge, quando a verdade é que estava apenas começando a entender esta loucura de provação que é a vida.

Somos testados a todo instante e de todas as formas pra ainda depois de tanta doideira termos a grande e dificultosa tarefa de sermos puros como as crianças e mais tarde poder ver Papai do Céu. Eu não quero ser barrada no baile...

Olharmos uns aos outros em amor sem sermos maquiavélicos, arrogantes, pavio curto, desconfiados, prepotentes, insensíveis, levianos, ignorantes, imprestáveis, altivos, orgulhosos, injustos, sem misericórdia, mãos de vaca, competitivos, irritados, amargos, ingratos, fofoqueiros, ciumentos, invejosos, desonestos... Me esqueci de alguma coisa?

Ah e nem contar aquela mentirinha de leve pra se safar daquela carcomida básica que levamos quando contamos a verdade mesmo sabendo que vai “babar”!

Acho que isso traz paz de espírito e conseqüentemente felicidade. E fora que não dá pra plantar banana pra colher maçã né? Tenho mais é que plantar felicidade, se não vou colher... desgraça?

Reconhecer que nossos talentos e êxitos provêm de Deus e que mérito algum temos nisso a não ser pelo esforço em se fazer valer o dom que Ele depositou em nós.

Até mesmo pra quem é lindo de morrer, ou nem precisa ser de morrer também. Beleza é dom de Deus e deve ser aproveitado de forma coerente e porque não sabiamente... Não vale a pena se estrepar em vaidade de qualquer que seja o tipo pra mais tarde ouvir as circunstâncias nos dizerem que agimos de forma errada.

Quero mais é ser feliz! E hoje cheguei à uma conclusão...

Sermos puros como as crianças + paz de espírito = Gente grande feliz!